Levantamento da Boa Vista Serviços - SCPC mostra que 62% dos inadimplentes comprometem mais da metade da renda mensal para quitar as dívidas
O endividamento elevado – aquele difícil de ser revertido -, atinge 47% dos consumidores inclusos nos cadastros de inadimplentes. Entre esse público, 38% acreditam que será muito difícil quitar as dívidas.
Pelo menos para 62% desses consumidores inadimplentes, o pagamento das pendências compromete mais da metade da renda no final de cada mês.
As informações fazem parte da pesquisa realizada pela Boa Vista Serviços - SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), com 1.500 entrevistados.
Já entre os endividados, mas que ainda não tiveram seus nomes negativados (incluso nos cadastros de inadimplentes), a situação é um pouco mais favorável.
Entre esse público, apenas 10% se declaram muito endividados, embora 50% deles admitam que comprometem mais da metade dos rendimentos para tentar se livrar das pendências.
DESEMPREGO
Entre as principais causas do endividamento, o desemprego se destaca. Ele foi a causa apontada por 32% dos consumidores.
As principais dívidas apontadas pelos entrevistados foram com contas diversas, como cobranças de IPTU, IPVA, educação e plano de saúde. Esse tipo de dívida foi apontada por 25% dos consumidores.
A forma de pagamento utilizada para a compra que gerou a inadimplência foi o boleto para 27% dos entrevistados, cartão de crédito (21%), carnê de financiamento/crediário 15%, cheque ou cheque especial (14%), cartão de loja (12%) e contrato de empréstimo pessoal ou consignado (11%).
AJUDA FINANCEIRA
Quando questionados se buscaram ajuda financeira antes de serem negativados, 32% dos consumidores procuraram agências bancárias, 30% parentes e familiares, 21% financeiras e 17% amigos ou colegas.
Na hipótese de contratar um empréstimo para quitar sua dívida, dos consumidores que estão hoje inadimplentes, 55% levam em conta se a parcela caberá no bolso, 41% as taxas de juros e 4% a quantidade de parcelas.
Para os consumidores que não estão negativados, 62% observam em primeiro lugar as taxas de juros, 33% se as parcelas cabem no bolso e 5% a quantidade de prestações.
FONTE: Diário do Comércio